terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Da nostalgia

O tempo passa muito mais rápido do que sou capaz de perceber e, de repente, a Teresa é uma bebezona linda e fofa e gostosa de 11 meses, toda doidinha querendo sair andando, que sabe se comunicar e mostrar o que quer.De acordo com nosso planejamento, Teresa será a última bebê aqui em casa.

E dia desses me perguntaram se eu tenho saudade de recém-nascido. Hum... aquela coisica molinha, apertável, fofinha e bochechuda que foram as minhas duas recém-nascidas? Não. Não, obrigada. Curti as minhas, mas estou satisfeita.

Fiquei pensando em todo o processo de gravidez-parto-cuidados com bebês e percebi que me sinto absolutamente satisfeita com tudo o que vivi até agora. Engravidei quando quis, as meninas nasceram do jeito que eu, consciente ou inconscientemente, desejei, amamentei e ainda amamento. Cada fase foi aproveitada da melhor maneira possível e é claro que adorei viver tudo isso, mas não sinto exatamente saudade de nada.

Mas tem uma sensação que eu gostaria de reviver. Acho que foram os momentos mais intensos da minha vida, tanto é que as lembranças são vívidas, e chego a poder sentir cheiros, lembrar de detalhes: os primeiros momentos após o nascimento de cada uma delas. Acho que as duas ou três horas imediatas ao parto de cada uma das meninas. Aquele primeiro encontro, o primeiro olhar, o primeiro colo. A carinha de cada uma delas, com aquele olhar de interrogação "o que aconteceu aqui gente?".  O cheirinho do seu recém-nascido que acaba de nascer, algo indescritível e irreproduzível. Aquele suspiro longo e profundo "ufa, ela tá aqui, no meu colo, vem pra mamãe".

Os momentos de namoro e reconhecimento da bebê. Os olhos marejados do pai, a emoção de todos os três envolvidos. O aconchego daquela coisiquinha (parece um macaquinho né gente vamos combinar) no colo da mãe, o jeito que elas pegam no peito.

Taí uma sensação que eu adoraria viver de novo. Ainda bem que cada vez que me lembro de tudo isso, revivo um pouco.